Delirium por Carlos Patrício

Título: Delirium Autor: Carlos Patrício Editora: Página 42 Data de Publicação: Julho 2014 Páginas: 228

“Desordens. Distúrbios. INSÂNIAS!

Este é o tema de Delirium.

Nesta coletânea de contos o autor preza, sobretudo, pela diversidade e a originalidade. Pois em que outro livro você encontraria realidade virtual, experiência com alucinógenos, assassinos sádicos, debates sobre crenças e religião, um desabafo a la Kafka, e, até mesmo, os infortúnios de uma fofoca? Uma culinária diversificada e bem temperada para todos os paladares.


A minha história de como eu cheguei a esse livro chega a ser até mesmo um pouco… curiosa. Estava um dia rotineiramente entrando no meu facebook pessoal quando o autor me encontrou e me enviou uma mensagem privada falando que tinha encontrado as minhas resenhas no skoob e me perguntou se eu não tinha o interesse de resenhar o livro dele! Bem bacana ver quando as pessoas começam a gostar do que você faz, não é mesmo?

Eu recebi o livro dele em Dezembro, mas ao longo de todo o madness que eu passei nos últimos meses eu só pude pegar ele para ler recentemente. O Delirium é uma coletânea de contos diversos, mas todos eles trabalham com um ponto em comum: o psicológico, pensamentos, frstrações, delírios e insanidades de um ou vários personagens. Assim como eu fiz com O presente do meu grande amor, eu vou fazer a avaliação individual de cada um dos contos, já que eu acho isso seria mais interessante tanto para quem quiser ler esse livro no futuro quanto para o próprio autor em si.

Doutor Sádico | ★★★★★

Pra mim eu acho que não teve forma melhor de começar esse livro do que com esse conto. AI-MEU-DEUS.

Esse conto vai falar da história de um assassino psicopata austríaco que utiliza de elementos de sadismo e de tortura como forma de prazer próprio, e ao mesmo tempo conta o ponto de vista de um dos casos dele de assassinato tanto do lado do assassino quanto da vítima. A primeira coisa que eu tenho que dizer é que se você tem o estômago mais fraco, eu não recomendo a leitura desse conto, porque ele tem momentos de tortura muito gráficos e muito fortes, e se você é uma pessoa que se fica sensível com esse tipo de coisa, eu particularmente falaria para tomar cuidado ao seguir a leitura.

O desenvolvimento deste personagem do assassino foi simplesmente sen-sa-cio-nal. Ele é exatamente como nós imaginamos que é a cabeça de um psicopata: extremamente culto e ao mesmo tempo extremamente louco. É incrível ver o quanto que o personagem usa de trechos de grandes nomes da literatura para falar sobre elementos como delírios, prazer e também faz uma constante discussão sobre religião sobre um elemento neutro – o que de certa forma, eu meio que concordo. -, além de mostrar muito do passado do assassino até o momento que ele encontra com a sua vítima, que é um cristão extremista, em um bar.

“A beleza da mania religiosa é que ela tem o poder de explicar tudo. Uma vez que Deus ou Satã são aceitos como a primeira causa de tudo o que acontece no mundo mortal, nada é deixado à sorte. A lógica pode ser alegremente jogada pela janela.” (Stephen King)

Como eu falei no começo, é super gráfico, tem momentos que me deixou super aflita e super agitada, mas é uma dos melhores contos do tipo que eu já li em um bom tempo, eu adorei e super vou reler esse conto perto do Halloween, ele é perfeito para essa época do ano.

Truco! | ★★★★

É uma história de uma noite casual de truco entre amigos que acaba tendo um evento totalmente inesperado acontecendo com eles. É contada no ponto de vista de um dos amigos, que é meio como um narrador-observador. É um conto onde aconteceu muita coisa em um espaço muito curto de páginas, mas ao mesmo tempo eu senti falta de um pouco mais, queria um pouco mais de suspense!

Agoniado | ★★★★★

É a história de um personagem que sofre com caso extremamente severo de ansiedade descrevendo uma da sua de suas manhãs rotineiras na agitada São Paulo. O estilo de escrita que o autor usou nesse conto pra mim funcionou perfeitamente para mostrar como o personagem se sente: extremamente agitado, sem pausas. Eu me senti agoniada em muitos momentos junto com o personagem e eu acho que, por mais que muitas pessoas possam achar esse conto muito curto, pra mim ele tem o tamanho perfeito, já que na cabeça de uma pessoa que passa por esse tipo de situação o tempo passa muito rápido e muitas coisas acontecem ao mesmo tempo.

Na verdade, só d’eu escrever essa parte da resenha já comecei a ficar ansiosa de novo só de lembrar da história, ai você sabe o quanto que ela conseguiu ser marcante, não é mesmo? *respirando fundo*

Telefone sem fio | ★

Telefone sem fio é aquela típica história onde a namorada trai o namorado, e uma história mal contada acaba gerando uma fofoca de altíssimo nível que acaba se tornando uma enorme bola de neve. Esse tipo de história normalmente não me chama muito a atenção pelo caracter de base de um dos personagens principais, a Mayra. Mas, por conta de um dos eventos que ocorre ao longo da história, ela acabou me cativando bastante para continuar, principalmente em ver o quanto que a inocência e o excesso de confiança pode fazer com que a vida de uma pessoa vire, literalmente, de cabeça para baixo.

Não é dos meus contos favoritos do livro, mas eu ainda assim gostei bastante do final, principalmente.

A questão de todas as questões | ★★★★

Esse com certeza é um conto extremamente polêmico! Ele vai falar de um personagem que sempre procura respostas para absolutamente todas as perguntas na vida, principalmente à aquelas que se tratam de crenças religiosas, ele se diz não acreditar no cristianismo ou em outras religiões e ao mesmo tempo também não acredita no ateísmo.

Eu tive que dar algumas pausas enquanto lia ele, mesmo tendo apenas 50 páginas, por ser um conto que tem muita informação pra ser processada ao mesmo tempo, já que temos dois pontos de vista principais de debate: o personagem principal com uma colega de trabalho, que é cristã extremista; e dele com a sua prima-irmã, que é atéia. O próprio personagem não é capaz de ter uma crença definitiva, o que faz ele ser meio hipócrita e falar coisas que faz ele contrariar coisas que ele falou anteriormente em alguns casos, mas ninguém é perfeito, e ao mesmo tempo não se pode ter a resposta de tudo na vida.

Enquanto eu li esse livro eu não pude parar de lembrar do Richard Dawkins, principalmente de um dos seus livros, o The God Delusion, que eu ainda não li mas tenho certeza que o autor deve ter lido ele para se inspirar durante o desenvolvimento desse conto, já que ele é uma referência muito forte em livros relacionados a religião e ateísmo.

Gostei bastante de ler esse conto mas eu devo dizer que a pessoa tem que tem a cabeça muito aberta para ler ele, ou se não existe uma grande probabilidade de alguém sentir que as suas crenças foram atacadas depois de ler este. Aviso dado!

O outro mundo de Henrique | ★★★

Eu sei que eu tinha dito que o Telefone sem fio era o conto que eu tinha menos gostado, mas infelizmente acabou sendo esse aqui.

Ele vai contar brevemente sobre a vida de uma pessoa que é viciada em jogos online por justamente estar cansada da sua monótona vida de pessoa trabalhadora e casada com filho. Eu acho que nesse conto faltou um pouco mais de páginas, faltou um pouco mais do Henrique fora da vida de WoW que o ator descreveu nesse conto,  já que eu meio que interpretei o vício dele pelo jogo como uma forma de válvula de escape do tédio da sua rotina. Não quer dizer que eu não gostei do conto, de forma alguma! Mas eu senti falta de alguma coisa, mesmo gostando do que eu li.

Pouco antes da virada | ★★★★★

Esse é um dos contos mais curtos do livro, mas ele traz bastante impacto por causa da mensagem por trás. Se eu dizer algo além do fato que ele é contado em prosa e em primeira pessoa eu acho que já vou contar toda a graça dele, mas eu gostei muito e recomendo bastante a leitura.

Lindos Sonhos Dourados | ★★★★

O último conto de Delirium vai falar sobre um garoto chamado Guliver, o primogênito, que se sempre se sentiu vítima do favoritismo do seu pai ao filho mais novo, e essa acumulação de suas frustações ao longo de toda a sua infância até o início da sua vida adulta faz com que, próximo dos seus 20 anos, ele fuge de casa e deixe para trás todos os confortos que tinha, caindo em um buraco negro de tentações que ele acaba encontrando na sociedade.

Eu fiquei bastante frustrada, de forma até positiva, lendo esse conto em alguns momentos, daqueles do tipo “não custava nada tentar falar alguma coisa, arrrrg!”. Favoritismo existe em tudo quanto é lugar, eu mesma sou vítima dele, mas eu nunca que deixaria a minha vida se abalar por causa disso. Principalmente nos pontos que o personagem principal chegou, que literalmente chegou no fundo do poço e só voltou por ironia do destino.

O que me fez dar quatro estrelas pra esse conto ao invés de três foi o final, que foi bem revigorante ver o arrependimento e o sentimento de culpa vindo de ambos os lados da história, e a esperança de um futuro onde teria comunicação. É um conto que é bom para refletir nesse tipo de assunto que o autor trata nele, mas também é um pouco barra pesada quando a pessoa se coloca no lugar do Guliver.

Avaliação: 4/5 estrelas.

E vocês, o que acharam desse livro? Já leram? Tem interesse em ler? Deixe as suas opiniões nos comentários e vamos conversar!

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Exorcismos, amores e uma dose de blues por Eric Novello

Título: Exorcismos, amores e uma dose de blues
Autor: Eric Novello
Editora: Gutenberg
Data de Publicação: Agosto 2014
Páginas: 336

“Em uma cidade como Libertá, quem falha dificilmente consegue uma segunda chance. Por isso, é com um misto de excitação e desconfiança que Tiago Boanerges recebe a visita de seu antigo supervisor. Exorcista experiente, foi demitido do Conselho de Hórus – organização responsável por investigar o comportamento de seres sobrenaturais – após fracassar em uma missão. A proposta é atraente: concluir o trabalho para o qual foi designado e alcançar a redenção. Mas o preço é alto, pois terá de se aproximar novamente de um antigo amor, que não só lhe custou a carreira, como seu próprio coração. Em um cenário noir em que blues e fumaça permeiam um submundo de seres fantásticos, ele sai em busca da musa que arruinou sua vida. Mas antes precisará exorcizar seus próprios fantasmas se não quiser falhar mais uma vez e ver sua vida destruída para sempre.


Exorcismos, amores e uma dose de blues é mais um que faz parte da pequena coleção momentos incríveis que me fazem lembrar da Bienal do Livro de São Paulo, já que eu tive alguns breves momentos de contatos com o Eric, o autor, que é uma pessoa super interessante!

Já faz alguns meses que eu li esse livro, então eu peço perdão se eu não conseguir fazer essa resenha com toda a precisão que eu normalmente costumo fazer, mas de forma geral eu me lembro bem dos eventos gerais dele ainda.

Ele vai tratar a história de Tiago, um exorcista experiente que foi expulso do Conselho de Hórus, que recebe uma proposta de trabalho um pouco fora do comum: terminar o trabalho que inicialmente foi a causa de seu fracasso no passado. O universo da história se passa por Libertá, que é uma espécie de São Paulo paralela, onde pessoas vivem de forma… digamos que harmoniosa com criaturas sobrenaturais. Além disso, o livro todo tem uma aura, uma ambientação um pouco mais pesada mesmo; enquanto eu lia o livro me imaginei perfeitamente tudo que o autor descrevia, todas as cenas, todos os detalhes de cenário, todas as trilhas sonoras, nada passou longe dos meus olhos e do meu pensamento.

O que eu posso dizer de primeira mão é que eu não diria que esse livro é tanto para uma categoria de young adult, ele estaria quase no meio termo entre o gênero e o adulto, mas também sem ser necessariamente um new adult por ser um livro de gênero fantástico como foco, e não o romance. Na verdade, o romance é uma das menores partes desse livro, o que pra mim foi uma coisa super positiva, já que eu já tava ficando um pouco saturada de livros com foco muito grande nos personagens e no romance deles.

O Eric foca muito sim no desenvolvimento do Anderson e da Julia – outra personagem – ao longo de todo livro, mas isso é neles como pessoas emocionalmente e também em suas profissões, já que o Anderson é um exorcista e a Julia é uma necromante. É muito bacana ver o personagem principal ficando cada vez mais forte a medida que você vai passando as páginas, mesmo que muitas vezes ele mesmo e as outras pessoas ao seu redor ficam duvidando da sua capacidade de lutar contra os seus erros do passado e se tornar uma pessoa melhor. Pra mim esse foi um dos pontos principais do livro, sem sombra de dúvidas.

Também gostei muito do desenvolvimento de Libertá, ela muito bem descrita, assim como as alusões aos outros reflexos paralelos. O Eric criou o universo no seu livro de uma forma que parece tão real que é possível se imaginar pegando de fato vivendo nele e fazendo coisas rotineiras nele, como indo para um bar ou casa de shows usando desde transporte público até um portal escondido nos fundos de um hostel perto da sua casa.

Foi um dos melhores livros que eu li ano passado, sem sombra de dúvidas é uma leitura que eu recomendo para muitas pessoas, principalmente à aquelas que são fãs de literatura fantástica e de música, acho que elas vão se identificar ainda mais com o personagem principal deste livro. Depois de ler EAEDB pode ter certeza que eu irei conferir outras obras do Eric no futuro, porque não apaixonei apenas com a história, mas com a escrita dele que foi extremamente cativante para mim.

Avaliação: 5/5 estrelas.

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Um amor, um café e Nova York por Augusto Alvarenga

Título: Um amor, um café e Nova York
Autor: Augusto Alvarenga
Editora: D’Plácido
Data de Publicação: Outubro 2014
Páginas: 168

“Camila sempre teve um grande sonho: viver um grande amor, como um desses de cinema. Ela só não imaginava que teria isso e muito mais, logo que conheceu Guilherme. Na véspera do aniversário de 3 anos de namoro do casal, e do aniversário de 19 anos de Camila, Guilherme surge com uma surpresa que mudaria pra sempre o romance e a vida do casal: uma viagem de um mês para Nova York. O que ele não sabia é que esse era mais um dos grandes sonhos de Camila, que vai fazer de tudo para que essa seja a melhor viagem deles. Porém, Nova York possui brilhos demais. Poderia algum deles ofuscar o do casal?”


O livro “Um amor, um café e Nova York” é aquele tipo de livro que ganha muitos amores das pessoas, não apenas pelo fato de ser um livro de gênero contemporâneo e com bastante amor envolvido, como também pelo fato do próprio autor, o Augusto Alvarenga, ser simplesmente uma das pessoas mais fofas que eu já conheci na face da terra. Sério. Tem como alguém não adorar esse menino?

Mesmo eu não sendo uma pessoa romântica – tipo, mesmo. -, eu fiquei muito animada com o lançamento desse livro por exatamente se tratar da primeira obra do Guto, e também é sempre bom quando autores não apenas nacionais, mas também locais, conseguem realizar o seu sonho de ter um livro publicado por uma editora, não é mesmo?

Eu infelizmente não pude ir no lançamento oficial que aconteceu aqui em Belo Horizonte no final de outubro do ano passado, mas eu sabia que eu iria esbarrar com ele na Bienal, que foi quando eu fugi do stand onde estava trabalhando por uns minutinhos para conversar com ele e adquirir o seu livro, no qual ele me deu uma dedicatória super fofa!

Enfim, vamos falar da história. Esse livro é contado do ponto de vista da Camila, uma menina na véspera dos seus dezenove anos que tem o sonho de viver uma vida de cinema, mas ela estava mais próxima disso do que ela esperava: Guilherme, o seu namorado a quase três anos, decidiu dar para ela como um mega presente de aniversário e aniversário de namoro uma viagem para os dois à Nova York, onde ela não teria de se preocupar com absolutamente nada a não ser em realizar os seus próprios sonhos. Mas os brilhos da cidade podem fazer muito mais com o casal do que eles esperavam.

A primeira coisa que eu posso dizer sobre o livro é que realmente deu para ver que o autor teve todo o cuidado do mundo com os detalhes que ele descrevia, tanto da cidade onde se passa a primeira parte do livro – que é BH – quanto nos momentos onde os personagens estão em Nova York, de uma forma que não ficava nem um pouco cansativa ou que parecesse um guia turístico, o que pode ser perigoso quando se trata de um livro que tem uma viagem como o plot principal. Você vê os pontos turísticos de ambas cidades e acompanha todos os momentos deles como se você estivesse junto com eles, eu em momento algum ao longo da história me senti entediada – inclusive, super senti vontade de passar por todos os pontos que os personagens passam ao longo de todo o livro!

Outro fato que deixou o livro bem realista do livro pra mim foi o fato de realmente se tratar de pensamentos e comportamentos de jovens adultos. Acho que um dos principais fatores para isso ter dado certo é o fato do próprio autor ser novo (é um bebê! <3), então tudo que aconteceu, das alegrias e tristezas até os dilemas emocionais e momentos espontâneos, são coisas que acontecem na nossa faixa etária; as pessoas são explosivas, espontâneas, tudo acontece para nós naquele momento ou nunca acontece… Isso é uma coisa que pra mim que pode ser tanto boa quanto ruim.

O motivo que pra mim esse livro não ganhou cinco estrelas é justamente que, em alguns momentos do livro, a Camila se mostrou como uma personagem muito exagerada para mim, acho particularmente que alguma das coisas que ela passou ao longo da história a sua resposta foi extremamente dramática, mas isso é uma coisa minha mesmo, e isso não tirou de forma alguma o meu divertimento ao longo da história.

Eu sei que muitas pessoas vão se identificar com a Camila e com a história no geral, que é uma leitura super gostosa e fluída que eu recomendo para todos que gostam de livros do gênero que tem bastante romance! Estou super animada para colocar as minhas mãos no segundo livro que eu sei que o autor já terminou de escrever recentemente. Já pode lançar logo, viu Guto? ❤

Avaliação: 4/5 estrelas.

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Firefight por Brandon Sanderson

ATENÇÃO! ESSE POST PODERÁ TER SPOILERS PARA O PRIMEIRO LIVRO DA TRILOGIA, STEELHEART, E PARA A SUA NOVELLA, MITOSIS; LEIA POR SUA CONTA E RISCO!


Título: Firefight
Autor: Brandon Sanderson
Editora: Delacorte Books for Young Readers
Data de Publicação: Janeiro 2015
Páginas: 432

* A editora Novo Conceito aparentemente tem os direitos de publicação deste livro no Brasil, mas ainda não existe qualquer previsão de lançamento, essa resenha será feita a partir do livro publicado na sua língua original.

“From the #1 “New York Times” bestselling author of Words of Radiance coauthor of Robert Jordan’s Wheel of Time series, and creator of the internationally bestselling Mistborn Trilogy, Brandon Sanderson presents the second book in the Reckoners series: Firefight, the sequel to the #1 bestseller Steelheart.

They told David it was impossible–that even the Reckoners had never killed a High Epic. Yet, Steelheart–invincible, immortal, unconquerable–is dead. And he died by David’s hand.

Eliminating Steelheart was supposed to make life more simple. Instead, it only made David realize he has questions. Big ones. And there’s no one in Newcago who can give him the answers he needs.

Babylon Restored, the old borough of Manhattan, has possibilities, though. Ruled by the mysterious High Epic, Regalia, David is sure Babylon Restored will lead him to what he needs to find. And while entering another city oppressed by a High Epic despot is a gamble, David’s willing to risk it. Because killing Steelheart left a hole in David’s heart. A hole where his thirst for vengeance once lived. Somehow, he filled that hole with another Epic–Firefight. And he’s willing to go on a quest darker, and more dangerous even, than the fight against Steelheart to find her, and to get his answers.”


Firefight sem sombra de dúvidas um dos livros que eu estava mais animada para o lançamento agora no início de 2015, e foi o primeiro livro do Sanderson que eu realmente contei os dias para o lançamento como uma fã, a um ponto de não poder dormir na madrugada do lançamento até receber o e-mail da Amazon falando que o livro já estava no meu kindle e ler alguns dos capítulos.

O livro começa logo após os eventos de Mitosis e com David e os Reckoners começando a ter de encarar uma vida longe do anonimato, já que eles acabaram se mostrando para a população de Newcago como os seus grandes heróis, já que eles derrotaram Steelheart. Ao mesmo tempo eles tem que encarar o fato de que vários Épicos estão invadindo a cidade atrás de David, duvidando do que ele fez. Até um momento onde eles descobrem que todos os Épicos que estão entrando na cidade são subordinados de Regalia, uma Épica de Babylon – que é a antiga Manhattan -, e decidem ir atrás dela. Mas ao mesmo tempo, David também vai para a cidade não apenas para tentar derrotar essa Épica, mas para descobrir respostas sobre Firefight, que está na cidade.

Nesse livro você consegue ver ainda mais forte o dilema que o David tem a respeito dos Épicos. A partir do momento que ele consegue a sua vingança e conhece outros Épicos além de Steelheart ele fica constantemente pensando sobre o quão bom ou ruim um pode ser, a partir do momento que ele teve contatos maiores com outros, como até mesmo Firefight, que ele acaba se apaixonando por mesmo sem saber que ela era uma Épica até o final do primeiro livro.

Ao longo de toda a história você acha que você vai ficar entre o dilema entre os dois Épicos principais desse livro, mas na verdade existe uma outra verdade muito maior por trás que, inclusive, te deixa extremamente frustrado – de uma forma positiva, eu diria – quando o descobre; ele também mostra o quanto que você pode de fato confiar em alguém, sem contar que nem tudo é o que realmente parece ser.

Como qualquer outro livro do Sanderson, é uma leitura extremamente gostosa e dinâmica, não existe qualquer momento de tédio! Sem contar que ele é mestre dos plots, então quando você menos espera, ele te surpreende com um plot twist atrás do outro. Mal posso esperar pelo lançamento de Calamity – que eu acho que vai ser no ano que vem ou no seguinte – e Firefight com certeza está nos meus top favoritos de 2015, e olha que o ano mal começou!


Avaliação: 5/5 estrelas.

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Not That Kind of Girl: A Young Woman Tells You What She’s “Learned” por Lena Dunham

Título: Not That Kind of Girl: A Young Woman Tells You What She’s “Learned”
Autor: Lena Dunham
Editora: Random House
Data de Publicação: Setembro 2014
Páginas: 265

* Esse livro foi publicado aqui no Brasil pela editora Intrínseca no final do ano passado, mas a resenha desse livro será feita a partir da edição americana no formato de audiobook.

“From the acclaimed creator, producer, and star of HBO’s Girls comes a hilarious, wise, and fiercely candid collection of personal essays that establishes Lena Dunham as one of the most original young talents writing today.

In Not that Kind of Girl, Dunham illuminates the experiences that are part of making one’s way in the world: falling in love, feeling alone, being ten pounds overweight despite eating only health food, having to prove yourself in a room full of men twice your age, finding true love, and, most of all, having the guts to believe that your story is one that deserves to be told.

Exuberant, moving, and keenly observed, Not that Kind of Girl is a series of dispatches from the frontlines of the struggle that is growing up. “I’m already predicting my future shame at thinking I had anything to offer you,” Dunham writes. “But if I can take what I’ve learned and make one menial job easier for you, or prevent you from having the kind of sex where you feel you must keep your sneakers on in case you want to run away during the act, then every misstep of mine will have been worthwhile.”


Vou ser sincera com vocês: Eu não queria ter de fazer essa resenha. Eu sei que ela vai ser extremamente controversa porque a Lena Dunham é uma atriz muito querida por várias pessoas por aqui, principalmente por causa de seus pensamentos feministas e no quanto que ela se tornou inspiração para muitas sobre a liberdade profissional e sexual da mulher moderna, junto com várias outras pessoas que existem por aí.

Mas ao mesmo tempo eu tô me coçando para falar o que eu achei a respeito desse livro, e já peço desculpas de antemão se eu ofender alguém. Mas eu particularmente eu acho que a plataforma que foi utilizada para a venda do material que tem dentro do livro foi… Na minha opinião, não a mais certeira.

Como outros livros de não-ficção que eu li no último ano, eu dou preferência para o formato de audiobook sempre que é, no caso, o próprio autor que narra, porque eu acho que essa experiência de leitura um pouco mais up close and personal com ele, mas em vários momentos enquanto eu escutava Not That Kind of Girl eu me senti extremamente entediada e desconfortável.

O principal motivo do meu desconforto com esse livro foi o fato dela contar constantemente – em aproximadamente 60 a 70% do livro – sobre as suas frustrações e dilemas com homens e a sua sexualidade, o que eu acho que não tem nada de errado em falar nisso, de forma alguma, mas quando se isso se torna a grande massa do seu livro isso pode chegar a pontos que podem causar isso mesmo, isso quando eu não tava extremamente entediada. Eu acho que nunca demorei tanto pra escutar um audio livro de apenas sete horas que nem eu demorei com esse aqui.

Acho que a escolha do formato para falar sobre isso foi um pouco infeliz. Eu acho que se fosse em formato de vídeos curtos que nem esses do Ask Lena que rolam na internet ou como um seriado com pintadas de humor funcionaria muito melhor do que de fato como um livro.

De fato não me levem a mal quando eu falo isso, por favor! Eu acho a Lena Dunham como uma atriz e como pessoa alguém incrível, mas acho que o livro dela deixou muito a desejar no fator de se tornar de fato algo inspirador para o público no geral, principalmente o feminino. Se você é fã dela de fato eu imagino que você vai gostar ainda mais desse livro, mas infelizmente eu não consegui gostar dele, por mais que eu gostaria muito. :/ Eu acho que nesse aspecto existem outros livros que são melhores para inspirar as pessoas, inclusive um deles eu pretendo falar por aqui em breve.

Avaliação: 1/5 estrelas.

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Mitosis por Brandon Sanderson

ATENÇÃO! ESSE POST PODERÁ TER SPOILERS PARA O PRIMEIRO LIVRO DA TRILOGIA, STEELHEART, LEIA POR SUA CONTA E RISCO!


 

Título: Mitosis
Autor: Brandon Sanderson
Editora: Delacorte Books for Young Readers
Data de Publicação: Dezembro 2013
Páginas: 35

* A editora Novo Conceito aparentemente tem os direitos de publicação deste livro no Brasil, mas ainda não existe qualquer previsão de lançamento, essa resenha será feita a partir do livro publicado na sua língua original.

From New York Times bestselling author Brandon Sanderson’s action-packed novel Steelheart comes Mitosis, a short story set in the world of The Reckoners series, exclusively available in the digital format.

Steelheart may be dead, but Epics still plague Newcago and David and the Reckoners have vowed to fight back.

Catch all the action before Firefight, the exciting sequel to Steelheart, hits shelves in January 2015.


Mitosis é uma novella que o Sanderson publicou dentro do universo da trilogia Reckoners como uma forma de antecipação do lançamento de Firefight, que saiu agora no começo de Janeiro.  Ele vai ser contado alguns meses depois dos eventos que acontecem em Steelheart e vai mostrar uma Newcago pacífica onde os Reckoners são considerados os maiores heróis daquele lugar, já que eles saíram do anonimato na cidade; até o momento que um Épico chamado Mitosis aparece na cidade com o objetivo de matar David.

Esse Épico faz uma enorme bagunça na cidade já que, como o nome dele indica, ele se multiplica ao longo de toda a cidade e ameaça matar um cidadão de Newcago a cada cinco minutos que o David não dá as caras para lutar com ele.

Mesmo sendo uma novella de apenas 35 páginas, eu simplesmente adorei o fato dela conseguir ter tanta ação, aventura e humor, além de te prender com uma extrema facilidade dentro de um período tão curto de tempo. É uma novella que eu recomendo para aqueles que foram fãs do primeiro livro que tem um kindle/kobo e/ou não se importem de ler em inglês, eu me diverti bastante durante essa leitura!

Avaliação: 5/5 estrelas.

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Steelheart por Brandon Sanderson

Título: Steelheart
Autor: Brandon Sanderson
Editora: Delacorte Books for Young Readers
Data de Publicação: Setembro 2013
Páginas: 386

* A editora Novo Conceito aparentemente tem os direitos de publicação deste livro no Brasil, mas ainda não existe qualquer previsão de lançamento, essa resenha será feita a partir do livro publicado na sua língua original.

“Ten years ago, Calamity came. It was a burst in the sky that gave ordinary men and women extraordinary powers. The awed public started calling them Epics.

But Epics are no friend of man. With incredible gifts came the desire to rule. And to rule man you must crush his wills.

Nobody fights the Epics… nobody but the Reckoners. A shadowy group of ordinary humans, they spend their lives studying Epics, finding their weaknesses, and then assassinating them.

And David wants in. He wants Steelheart—the Epic who is said to be invincible. The Epic who killed David’s father. For years, like the Reckoners, David’s been studying, and planning—and he has something they need. Not an object, but an experience.

He’s seen Steelheart bleed. And he wants revenge.”


Acho que todos já sabem o quanto que eu sou apaixonada pelo trabalho do Brandon Sanderson à essa altura do campeonato, não é mesmo? Então nada mais do que esperado da minha parte para o iníco de 2015 como fazer uma maratona com Steelheart e Mitosis para começar a ler Firefight assim que o livro foi oficialmente lançado nos Estados Unidos. E como ele foi oficialmente a minha primeira leitura do ano, hoje decidi fazer ela aqui pra vocês.

Steelheart é totalmente diferente dos outros livros que eu já li do Sanderson, primeiramente por ser o seu único young adult – mesmo que muitas pessoas e editoras vendam Mistborn como YA, ele é uma fantasia adulta -, até onde eu tenho conhecimento, e outra coisa é que ele é um livro um pouco difícil de se categorizar em termos de gênero, ao mesmo tempo que ele  tem elementos distópicos e de ficção científica, pra mim ele é um livro anti-herói.

O livro começa com um pouco do passado do nosso personagem principal, David, vendo o não apenas o seu pai, como todas as pessoas que estavam dentro daquele banco, sendo mortas por Steelheart quando ele tinha apenas oito anos de idade, mas ele conseguiu ver Steelheart sangrar; e por causa deste evento, ele se tornou fascinado, digamos assim, pelos Épicos e estuda de uma forma quase que doentia todos os seus pontos fracos, com o principal objetivo de ter vingança de Steelheart e de todos os Épicos que vivem em Newcago.

Os Épicos são pessoas que receberam poderes especiais quando o Calamity chegou a dez anos atrás, só que ao invés deles se tornarem a esperança de uma nova sociedade sem violência, eles são corrompidos ao ponto de serem obcecadas pelo próprio poder, se tornando pessoas muito violentas que tentam se impor dentro de uma determinada cidade ou região, como se eles fossem os donos daquilo tudo e matam qualquer outro Épico ou pessoa que tente contrariá-lo. Por causa disto, a população morre de medo dos Épicos, tirando um grupo de pessoas chamado Reckoners, que tem como objetivo irem de forma oculta eliminando aos poucos todos os Épicos existentes, começando pelos mais fracos. E foi quando David acaba encontrando com o grupo de Newcago que a história deste livro começa de fato.

Uma das coisas que eu gostei bastante desse livro é a constante ligação das ações que estão ocorrendo ao longo da história com os estudos que o David fez ao longo de toda a sua vida, já que, como eu falei ali em cima, ele praticamente ficou obcecado pelo os Épicos e os estudava sempre que tinha um tempo livre, tudo isso para poder vingar a morte do seu pai. Sanderson não nos decepciona em hora alguma de nos mostrar esses e outros detalhes da trama, além de mostrar o desenvolvimento do personagem, o quanto que ele conseguiu evoluir como pessoa em um curtíssimo espaço de tempo, inclusive tendo dúvidas sobre se algumas de suas teorias são certas de fato ou não.

O livro é simplesmente viciante, você não consegue parar de ler! É elétrico, intenso e tem alguma coisa acontecendo a todo o momento, sem contar que ele tem uma pintada de humor que é muito comum nos livros do Sanderson que foi um dos poucos momentos que eu tive que parar de ler o livro, porque eu simplesmente não conseguia parar de rir nem por decreto! HAHAHAHAHA!

O livro terminou com um enorme plot twist que me fez ficar desesperada esperando pelo lançamento de Firefight, mesmo que eu tive que esperar apenas por quatro dias para poder tê-lo no meu kindle… Eu TIVE que ficar até dar meia noite nos EUA para poder começar a ler um pouco de Firefight na madrugada do dia seis porque eu não estava me aguentando mais. Então deu pra ver que eu realmente recomendo esse livro pra vocês, né? Agora tenho que aguentar a tortura de esperar mais um ano (ou mais) para o lançamento de Calamity, mas eu juro que vou tentar me aguentar….

Avaliação: 5/5 estrelas.

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Resoluções de 2015: Brandon Sanderson e Patrick Ness

Olá pessoal, tudo bem? Espero que tenham gostado da resenha que eu postei aqui no blog mais cedo! 🙂

Dando continuidade à minhas resoluções literárias de 2015, venho aqui falar sobre mais um dos meus planos para esse ano em termos de literatura. É mais ou menos relacionado com a minha TBR, mas esse é um ponto específico dela: eu quero ler o máximo possível – se não todos – os livros publicados por dois autores incríveis que eu descobri nesse último ano, que são Patrick Ness e Brandon Sanderson.

A escrita de ambos são extremos opostos, mas o que ambos tem em comum são que são pessoas incríveis em criar universos e plots, independente do gênero que escrevem. Rapidamente eles se tornaram os meus autores favoritos e eu acho um absurdo que eu ainda não li todos os livros deles! Hahahaha

No caso do Brandon Sanderson eu já estou mais adiantada, até o momento que esse post vai para o ar eu já li 13 dos 25 livros que ele escreveu, tirando os livros da série Wheel of Time que ele terminou de escreveu pro Robert Jordan – que eu também pretendo ler, mas sei que não vou conseguir ler todos os 13 livros dessa série esse ano – e eu sei que ele tem previsão de lançar pelo menos mais dois livros ainda em 2015; maaaas quando se trata do Patrick Ness, eu li apenas 3 dos 9 publicados, e ele ainda tem previsão de lançar mais um livro esse ano, shameless me I know, mas eu sei que vou ser capaz de me adiantar esse ano, principalmente que eu estou trabalhando como freelancer e tenho muito tempo livre nas minhas mãos esse ano, ou seja, mais leituras!

E vocês, o que estão planejando de leituras para esse ano de 2015? Diz ai nos comentários e vamos conversar! ❤

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O presente do meu grande amor, organizado por Stephanie Perkins

Título: O presente do meu grande amor: doze histórias de natal
Organização: Stephanie Perkins
Autores: Stephanie Perkins, Rainbow Rowell, David Levithan, Gayle Forman, Myra McEntire, Matt de la Peña, Laini Taylor, Ally Carter, Holly Black, Jenny Han, Kelly Link e Kiersten White
Editora: Intrínseca
Data de Publicação: Novembro 2014
Páginas: 352

“Se você gosta do clima de fim de ano e tudo o que ele envolve, presentes, árvores enfeitadas, luzes pisca-pisca, beijo à meia-noite, vai se apaixonar pelo livro. Nestas doze histórias escritas por alguns dos mais populares autores da atualidade, há um pouco de tudo, não importa se você comemora o Natal, o Ano Novo, o Chanucá ou o solstício de inverno. Casais de formam, famílias se reencontram, seres mágicos surgem e desejos impossíveis se realizam. O pessimismo não tem lugar neste livro, afinal o Natal é época de esperança.”


Eu serei extremamente sincera com vocês nesse momento: Eu não gosto das festividades do final de ano, mesmo. Mas quando eu vi esse livro em vários vídeos de booktbers estrangeiros eu fiquei interessada por não ser exatamente histórias natalinas, mas apenas acontecem durante as festas de final de ano. Essas doze histórias foram escritas por alguns dos mais populares autores da atualidade – como Rainbow Rowell, David Levithan e Stephanie Perkins -, há um pouco de tudo. Casais de formam, famílias se reencontram, seres mágicos surgem e desejos impossíveis se realizam.

Eu terminei de ler esse livro bem antes do Natal, mas infelizmente não consegui escrever essa resenha para essa época porque eu simplesmente fiquei muito ocupada com os eventos de final de ano – família e tudo mais – que acabou que não tive muito tempo livre, e o que eu tinha eu procurava dar uma adiantada em outro livro que estava lendo que em breve terá uma resenha aqui.

Como esse livro é uma antologia, não faz muito sentido eu avaliar o livro como um todo nessa resenha, então tentarei falar brevemente a minha opinião em todas as histórias individualmente e depois vou falar a minha nota geral para esse livro.

Meias noites por Rainbow Rowell | ★★★★★

Essa é com certeza uma das minhas histórias favoritas, e foi um jeito perfeito de começar esse livro! Ela é uma história de um casal de amigos que conta como se conheceram em uma noite de reveillion, e assim continuam a mostrar os anos seguintes de sua amizade e até o momento quando isto deixou de ser isso para ser algo maior. É uma história que eu gostaria que fosse maior, e a escrita da Rainbow Rowell é extremamente viciante. Essa mulher sabe muito bem prender uma pessoa em um livro.

A dama e a raposa por Kelly Link | ★★★.5

É uma história que eu achei muito esquisita no começo, e era muito confusa também. Demorei um bocado para entender a relação da raposa que é mencionada ao longo de toda a história, mas depois que eu compreendi eu gostei bastante, mas infelizmente eu achei a personagem principal extremamente possesiva, e isso não é muito a minha praia de leitura.

Anjos na neve por Matt de la Peña | ★★★★★

Simplesmente me apaixonei com a extrema fofura desta história. É um dos contos mais próximos da realidade que tem e eu simplesmente não consegui parar de ler. O autor conseguiu desenvolver muito bem o personagem protagonista – que é um menino – dentro das vinte páginas que ele teve direito com direito a muitas pancadas de humor. Com certeza depois deste conto eu procurarei por mais trabalhos publicados dele.

Encontre-me na estrela do norte por Jenny Han | ★★.5

É a história que é mais baseada nas histórias natalinas que escutamos quando crianças, mas eu não consegui gostar dela de jeito nenhum. Achei tudo muito fraco de forma geral, e 20~30 páginas é muito pouco pra desenvolver uma história fantasiosa.

É um milagre de Yule, Charlie Brown por Stephanie Perkins | ★★★.5

Stephanie Perkins é uma das autoras YA favoritas de muitas pessoas que eu assisto no youtube e eu consigo entender perfeitamente o por quê, mas infelizmente esse conto não levou uma nota mais alta porque eu achei a personagem principal muito insegura e confusa, e isso é uma coisa em YA contemporâneos que infelizmente me irrita muito. A história é muito fofa e eu super recomendo para aqueles que são fãs do gênero.

Papai Noel por um dia por David Levithan | ★★★★

É o primeiro conto do Levithan que eu leio na minha vida, e eu gostei bastante! Também é o único conto LGBT que tem nesse livro, e foi feito muito bem! Ele dá um ponto de vista diferenciado da noite de Natal para uma família que sofreu um trauma por causa do mesmo, mas que ao mesmo tempo não quer deixar que a magia da festividade termine para um dos membros da família. É com certeza um dos contos que te faz pensar mais, mas eu gostaria que ele tivesse mais páginas, ele pelo tanto de páginas que tem foi muito pouco, na minha opinião.

Krampuslauf por Holly Black | ★★★

Se alguém sabe fazer fantasia de verdade é a Holly Black, mas, como no mesmo caso da Jenny Han, 20~30 páginas é muito pouco para desenvolver uma história. Mas eu adorei a mistura de elementos fantásticos junto com as festividades do ano novo. Quem diria que demônios e festas de reveillion combinariam, hein?

Que diabo você fez, Sophie Roth? por Gayle Forman | ★★★★

Eu gosto muito da capacidade da Gayle Forman de te cativar em um espaço tão curto de tempo, e nessa história não foi nem um pouco diferente. Ela conseguiu desenvolver muito bem os personagens dela e nos deixou praticamente íntimos deles enquanto eles contam suas histórias, seus passados e suas tradições. Você se sente ligado aos personagens quase que instantaneamente e sempre fica curioso para saber mais, mas infelizmente eu achei o romance entre os dois muito instalove, e isso é uma coisa que eu não gosto muito.

Baldes de cerveja e menino Jesus por Myra McEntire | ★★★

Esse vai ser o conto que tem mais elementos legítimos do Natal, como muitos amigos meus que eu tenho no Goodreads ou book bloggers que eu leio comentaram, mas pra mim ele foi um pouco clichê. Não posso negar que os personagens principais são bem interessantes e que eu gostei também do estilo de escrita da Myra McEntire.

Bem-Vindo a Christmas, California por Kiersten White | ★★.5

Esse é um conto que tem um pouco de tudo que as pessoas adoram em um livro contemporâneo: família, sarcasmo, um pouco de romance e muita comédia, mas eu realmente fiquei muito entediada com essa leitura. Não me levem a mal porque a escrita da Kiersten White é super interessante também, mas eu achei um contemporâneozinho normalzinho demais pro meu gosto, não senti feels momento algum e teve momentos da história que eu fiz uma leitura dinâmica mesmo porque não estava aguentando mais.

Estrela de Belém por Ally Carter | ★★.5

Eu achei bem interessante os personagens, mas eu não consegui me sentir conectada com a história momento algum, o que me deixou bastante entediada. Mesma coisa do conto anterior: Não senti nada durante a leitura e teve momentos da história que eu fiz uma leitura dinâmica mesmo porque não estava aguentando mais.

A Garota Que Despertou o Sonhador por Laini Taylor | ★★★.5

Esse conto me fez ficar com ainda mais vontade de ler a trilogia que a Laini Taylor escreveu que foi publicada aqui no Brasil pela Intrínseca, a Feita de Fumaça e Osso. Essa história foi bastante fascinante, na minha opinião! Eu gostei demais dos personagens e dos elementos fantásticos nessa história, além do fato que ela conseguiu desenvolver o universo muito bem para um número muito pequeo de páginas, e a escrita dela é sensacional! Mesmo não sendo muito natalina, eu recomendo totalmente!

Avaliação geral: 3.5/5 estrelas.

E vocês, o que acharam desse livro? Já leram? Tem interesse em ler? Deixe as suas opiniões nos comentários e vamos conversar!

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The Dragons of Dorcastle por Jack Campbell

Título: The Dragons of Dorcastle
Autor: Jack Campbell
Editora: Audible Studios on Brilliance Audio
Data de Publicação: Dezembro 2014
Duração: 11h e 27min

“The first audiobook in a thrilling new epic fantasy saga, written exclusively for Audible by Jack Campbell, the New York Timesbestselling author of The Lost Fleet series!

For centuries, the two Great Guilds have controlled the world of Dematr. The Mechanics and the Mages have been bitter rivals, agreeing only on the need to keep the world they rule from changing. But now a Storm approaches, one that could sweep away everything that humans have built. Only one person has any chance of uniting enough of the world behind her to stop the Storm, but the Great Guilds and many others will stop at nothing to defeat her.

Mari is a brilliant young Mechanic, just out of the Guild Halls where she has spent most of her life learning how to run the steam locomotives and other devices of her Guild. Alain is the youngest Mage ever to learn how to change the world he sees with the power of his mind. Each has been taught that the works of the other’s Guild are frauds. But when their caravan is destroyed, they begin to discover how much has been kept from them.

As they survive danger after danger, Alain discovers what Mari doesn’t know—that she was long ago prophesized as the only one who can save their world. When Mari reawakens emotions he had been taught to deny, Alain realizes he must sacrifice everything to save her. Mari, fighting her own feelings, discovers that only together can she and Alain hope to stay alive and overcome the Dragons of Dorcastle.”


Estava um dia navegando pelo Audible atrás de um novo audio livro pra escutar enquanto e eu vi um anúncio dessa série que vai ser reproduzida apenas em formato de audiobook e fiquei curiosa para saber mais da história depois dos reviews e de ouvir um sample do livro.

Esse livro é o primeiro de uma série de fantasia épica chamada The Pillars of Reality, que é baseada em um universo chamado Dematr, onde tem basicamente dois clãs rivais que comandam as cidades: os mecânicos, que são pessoas que se utilizam de máquinas e armamento para todas as suas atividades; e os magos, que acreditam que tudo seja fruto de uma ilusão, onde nada é verdadeiro e tudo pode ser manipulado de uma forma que é, basicamente, a força do pensamento, mudando aquela realidade. Mas agora, uma enorme tempestade está chegando para destruir tudo aquilo que foi construído pelos humanos, e apenas uma pessoa pode evitar esses eventos de acontecerem.

Nós temos o ponto de vista de dois personagens: Mari, que é uma jovem mestre mecânica que passou grande parte da sua vida estudando locomotivas e outros aparelhos para o seu clã; e Alain, um dos magos mais jovens a aprender como mudar o mundo que vê apenas pelo controle da mente. Ambos aprendem que os trabalhos do clã rival não passam de fraudes e, depois de terem a caravana onde estão destruída, eles começam a descobrir o quanto da verdade que é escondida deles. É um livro que tem um enorme potencial para ser uma série bem bacana, mas tiveram algumas coisas que me incomodaram nele.

Uma das primeiras coisas que eu reparei enquanto escutava esta história é que ambos os personagens sofrem com preconceitos por causa de seus comportamentos e pensamentos, sendo considerados imaturos por causa de sua idade – já que ambos os personagens tem 17 anos – e isso foi uma das coisas que mais me incomodou durante todo o livro, mas imagino que isso seja criado pelo autor justamente com essa intenção de apresentar esse preconceito que acontece nos dias atuais em uma literatura fantástica.

Muitas coisas do sistema dos clãs é explicado ao longo da história, mas eu fiquei muito confusa de acordo com os pensamentos dos mecânicos, já que nós aprendemos muito mais sobre os magos em si, quero ver como que vai ser isso ao longo dessa série. E eu também acho que a história se empurrou muito para chegar no ponto onde inclusive, leva o título desse livro, e teve uma resolução rápida demais.

Outra coisa que vale a pena mencionar é que se você não gosta de romance em livros desse gênero, eu não recomendo a leitura dessa série. Esse livro foi extremamente focado no romance frustrado dos dois personagens principais, que gostam de si, mas que por um lado (Mari) sabe que um romance entre pessoas de clãs diferentes não pode acontecer, e por outro (Alain), mal consegue se expressar em absolutamente nada.

De forma geral é uma leitura bem interessante, mas eu não sei se continuarei com essa série por causa dos problemas que eu falei anteriormente. Se você está a procura de uma fantasia com elementos steampunk que tenha romance, pode ser o livro pra você, mas pra mim foi tudo um pouco exagerado demais.

Avaliação: 3.5/5 estrelas.

E vocês, o que acharam desse livro? Já leram? Tem interesse em ler? Deixe as suas opiniões nos comentários e vamos conversar!

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